Leio cem páginas de Heidegger e atiro o volume ao espaço. Insuportável! Cem páginas estéreis envoltas na linguagem mais abstrata do universo, cem páginas de retórica que aparenta profunda, mas turva o pensamento, engana fingindo versar sobre as últimas verdades não sendo senão oca e evasiva. Terrível, terrível… Mas como foi prazeroso interromper a trapaça linguística! dizer não à falsificação da filosofia! Desculpem-me os idólatras, mas só enxergo valor na filosofia útil a alguém que, desesperado, encosta o cano de um revólver numa têmpora. Se bem que, em verdade, uma página de Heidegger basta para que qualquer um puxe o gatilho…
(PS: a publicação desta nota, como a de algumas outras, falhou no sistema. Agendado originalmente para 29-01-21)