Não há tarefa mais ingrata que ensinar àquele que não deseja aprender. O aprendizado tem de partir de um desejo, motivado, por sua vez, na consciência de uma necessidade. Do contrário, frustram-se o professor e o aluno. Todo ensino se deveria afigurar como um ato de generosidade e, consequentemente, ser estimulante da gratidão. Assim teríamos um professor satisfeito pela obra e um aluno ciente da importância da educação. Este, futuramente, poderia encontrar no próprio ensino o pagamento da dívida que contraíra ou, noutras palavras, ensinaria para expressar-lhe a gratidão. Deste ciclo depende toda educação verdadeira, e por ele notamos que esta é, fundamentalmente, um problema moral.