No quarto, só, é noite. A luz apaga,
O crânio pousa, a placidez não vem…
Por que não dorme, enfim? Não sabe bem,
Mas quando deita sente arder a chaga.Fechando os olhos, a consciência esmaga,
Tratando-lhe a tristeza com desdém,
Qualquer esforço é vão, nada detém
O espectro que faz toda noite aziaga.Não há permita-se erro ser sepulto,
Perdura a culpa e o arrependimento
Jamais será remédio pro tormento…Não há cura pro mal, sequer indulto,
Errando um ser condena-se ao suplicio,
E não sai o remorso nem co’o exício…
(Este poema está disponível em Versos)
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