O anarquismo é nobre enquanto manifestação de revolta perante as injustíssimas e usurpadoras relações de poder sobre as quais se apoia a sociedade. Homens como Stirner, Thoreau e Proudhon denunciam e arrasam toda a hipocrisia que reveste a argumentação fajuta que sustenta a exploração das liberdades. São homens que se recusam terminantemente a aceitar como normal um estado de abuso sistemático em que, de um lado, gozam uns poucos usurpadores e, de outro, sofrem os impotentes usurpados. Tais homens são, para dizer como Nietzsche, espíritos livres, que não pensariam duas vezes sobre preferir a morte a uma existência de desonra e escravidão.