O erro talvez mais frequente…

O erro talvez mais frequente que se vê na crítica literária é tomar a importância histórica como critério qualitativo de um autor. Nada mais falso. O sujeito que publica um soneto, se toma um tiro, já é o poeta assassinado. E disso se poderiam seguir páginas e páginas que passariam uma enganosa impressão de grandeza. Enquanto isso, lá está o outro, obscuro, sem contatos, do qual pouco se sabe, cuja biografia talvez não tenha brilho, e nem a obra novidades, inexplorado pela crítica, sem influência, mas que fez realidade, com todo o espírito e plena sinceridade, o melhor de sua vocação.