O escritor estará perdido caso não sinta uma atração irresistível pela língua, que o obrigue a estudá-la ainda que não queira, numa prática cuja abstinência se manifeste num profundo desconforto. Se é isso predestinação, não faz diferença. O certo, porém, é que não suportará os obstáculos e frustrações da profissão caso não se sinta a evoluir pelo estudo prolongado ao infinito, só possível com uma tolerância às letras que melhor se definiria como uma paixão. Se a elas se acorrenta e não se sente à vontade, é preciso que, no mínimo, sinta a satisfação característica do cumprimento de um dever.