O grande momento da leitura ficcional é aquele em que percebemos, na individualidade do autor e da obra, a conexão com o universal. É grande por amplificar o sentido do detalhe e demonstrar que o drama humano é um drama compartilhado. Notando-o, tomamos consciência de que nem o tempo nem o espaço alteram essa condição essencial do ser, responsável pela possibilidade de compreensão entre os homens; notando-o, tomamos consciência de que o mínimo, por menor que seja, encerra em si mesmo uma perene e intercambiável significação.