O homem que se priva da dimensão religiosa perde em experiência, perde em potencialidade e perde, sobretudo, em conhecer-se. Havê-la é algo que não pode negar, e ignorá-la não é senão mutilar-se. Assim que, caso queira conhecer-se e entender-se inteiramente, deve estimulá-la e manifestá-la ainda que pela busca. E se, um dia, chegar à conclusão que o esforço religioso não o premiou, verá que sua própria existência já é evidência de uma aspiração superior, de um desejo sincero de encontrar o elo que o liga ao restante da criação: uma evidência, portanto, que não pode senão enobrecê-lo.