O movimento espiritualista, se assim podemos chamá-lo, que emergiu nos últimos dois séculos e tem-se expandido com vigor espetacular, invadindo incontáveis áreas do conhecimento e aprofundando-se desenfreadamente, não pode senão inspirar bons sentimentos. Parece que, de uma só vez, juntaram-se a experiência, a seriedade, o método e, sobretudo, a boa-fé num número de espíritos que já não se pode contar nos dedos, formando uma corrente que não pode ser detida, posto que apresenta simultaneamente o preparo e o ânimo necessários para afirmar-se e levar a cabo a sua missão. O que mais impressiona é a terminologia, por muito tempo banida da literatura séria, que agora se emprega com absoluta naturalidade após uma invasão inesperada. Não há dúvida que, no painel da história, ficarão estes dias marcados por esta radical e benéfica transformação.