Começo em Helena Blavatsky, — novamente, graças a Pessoa, — sigo por Éliphas Lévi, Max Heindel, A.P. Sinnet, e chego agora em Gérard Encausse, esse tal “Papus”. Que dizer? É incrível como sou resistente. Meu entusiasmo com o chamado ocultismo moderno durou pouquíssimas páginas. E mesmo assim sigo dando crédito aos autores, fingindo não estar farto desse vocabulário repleto de “mistérios”, “chaves”, “segredos”, analogias incrivelmente tediosas — para não dizer estúpidas… Leio-os e sinto a presença física de Voltaire, instigando-me a zombar dos reveladores que ocultam o próprio nome. Não, meu amigo, não o farei… Interessante lembrar que disse outro dia nunca ter experimentado a sensação de estar diante da revelação de uma verdade. De uma mentira, porém… calma, muita calma, que já cometeríamos a injustiça de misturá-los todos no mesmo saco.
O ocultismo moderno
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