Há razão quando Nelson diz que “o que dá ao homem um mínimo de unidade interior é a soma de suas obsessões”. Com o tempo, vão elas se extremando e como que se firmando no espírito até um ponto em que já se não pode demovê-las. Tomado em conjunto, é o espírito sintetizado por um misto de suas manifestações mais frequentes e mais intensas, qualidades correntes nas obsessões. A verdade é que há inclinações das quais, mesmo que tente, o espírito não se desvia, como se algo forçasse-o repetidas vezes a assumir aquilo que lhe é inato, a usar adequadamente as lentes que possui. Então vemos que o mesmo que para alguns é irrelevante e dispensável exerce noutros atração irresistível. Obsessões… a nível individual, o melhor é logo aceitá-las.