Embora esteja evidente o que há de próprio e distintivo na cultura brasileira, mais evidente é a mania de querer imitar outras culturas, especialmente naquilo que elas têm de pior. Essa importação de defeitos, que só tem a se acentuar com a cada vez mais intensa globalização, parece fundada numa necessidade injustificável de aceitação, que renuncia à autenticidade e estabelece um elo falso visando agradar. As nações têm suas particularidades, e o que chamamos tradição — esse bicho que não é nada sem o tempo — se estabelece, primariamente, como a capacidade de reconhecê-las, algo que decerto carece esse nosso jovem país.