O que há de universal no ser humano são suas manifestações vaidosas, hipócritas e gananciosas. Isso hoje como ontem, e ontem como amanhã. Haveria exceções caso o ser não fosse atirado, via de regra, em situações de pressão e risco, quando é forçado a agir pelo instinto maliciosamente desenvolvido ao longo dos séculos e capaz de livrá-lo de desconfortos mais severos. O mundo lhe não permite a paz: caça-o e exige-lhe uma reação. E a reação, sempre, manifesta em vaidade, hipocrisia e ganância — o mecanismo de defesa que corrompe as almas e converte-se em vício. Por isso, faria bem a psicologia comportamental se utilizasse a filosofia moralista como dogma: contudo, se assim procedesse conduziria invariavelmente o estudante à depressão.