O que mais irrita no agnosticismo ou, melhor dizendo, no agnóstico, é a presunção de julgar-se um modelo humano na plenitude de suas potencialidades. Isso, é claro, é o que aponta o óbvio. Se diz o agnóstico que determinadas questões metafísicas ou religiosas são incognoscíveis ao espírito humano, subentende-se que ele conheça-o em seu grau supremo de evolução. Jamais lhe dá na cabeça a possibilidade de haver seres humanos com faculdades que ele mesmo não possui, ou evoluídas em graus superiores aos seus. Em vez de dizer: “Eu não sou capaz de compreender a metafísica”, diz: “O homem não é capaz de compreendê-la”. É a imodéstia e estreiteza de visão típicas dos espíritos inferiores…