Já se foram duzentas páginas deste “Papus” e confesso não fazer ideia do que havia nelas. Desde o princípio, foi começarem as analogias infinitas, a matemática criativa, a semântica subliminar, os pantáculos, as tabelas que seguem-se de tabelas e tabelas, e coloco-me a dimensionar o tédio do deus que planejou tudo isso para um investigador como “Papus” desvendar-lhe a criação. Se foi assim mesmo, é certo que este deus deve ter explodido de alegria com o tal “Papus” que, montando o quebra-cabeça, livrou-o da solidão. É como se tivesse encontrado um companheiro para jogar. Porém, com a imparcialidade de um psicólogo, diagnosticaria que este deus está a um triz do suicídio.