O “tornar-se uma pessoa melhor” exige um aniquilamento interior impiedoso e contínuo, uma humildade e um despego de si mesmo que beira a repugnância, um esforço sobre-humano para calar a renitente e naturalíssima voz da vaidade, que se manifesta tão logo o ser lhe reconheça a capacidade de pensar. Visto ser tarefa quase inexequível, posto exigir o enfrentamento de batalhas duríssimas e que nunca terminam, é sensato dizer que, após a idade adulta, o ser humano lhe não muda a essência, ainda que queira, ainda que tente, ainda que creia.
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