Dedicar-se a uma ocupação inglória, trabalhar com afã sobre-humano, conviver diariamente com a incompreensão; fugir do convívio, combater a ignorância, digladiar-se por meios de expressão; se preciso, enfrentar a penúria; olhar diretamente na dor; caminhar entre sombras, no silêncio, afastando-se em serena resolução; notar-se-lhe o ambíguo, o contraste, indeciso em que acreditar; não esperar nada, nunca!, jamais lhe abandonando o dever; sentir-se impotente, falho, arrependido de descuidos precedentes, envergonhado da mais recente produção; envelhecer combalido, frustrado, sem jamais perder no trabalho o amor. Morrer, finalmente, desconfiado do próprio valor…
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