Conhecendo os detalhes pavorosos de um ritual de magia negra, nota-se sem espaço para dúvida que o operador materializa-lhe, de antemão, a vontade maligna e repugnante. Disso a dizer que a magia funciona é pouco. Toda a dificuldade da preparação, o esforço envolvido, a necessidade de reafirmação contínua do voto, a focalização e estimulação mental em prol do objetivo malévolo… tudo isso antes da consumação do ritual terrível, do ato voluntário e sem retorno possível. A consciência daquele que opera semelhante monstruosidade morre para sempre; psicologicamente, é um caminho sem volta, um caminho que só pode avançar para mais e mais trevas, senão para a loucura ou suicídio. Chega a ser inacreditável constatar quão fundo a natureza humana é capaz de descer, quão ilimitada é-lhe a potencialidade do mal… o impulso é de cuspir-lhe na face e praguejar infinitamente contra essa espécie maldita.