Como bem notado por Lavelle, os melhores livros não nos revelam algo desconhecido, mas algo que já sabemos intimamente e que, em razão de uma iluminação súbita, parecemos descobrir. Os melhores livros, pois, não fazem senão lançar luz em algo escondido em nosso interior. O curioso disso é ver que a sensação de descobrir algo que já sabemos grava em nossa mente uma impressão fortíssima, muito maior que a de aprender algo realmente novo e desconhecido. E, simultaneamente à identificação imediata com a ideia, estabelecemos, também de imediato, um ponto de contato com o autor.