Os verdadeiros artistas e os verdadeiros filósofos têm em comum ser-lhes a obra resultante da reflexão sobre a experiência. Desta, em ambos, brota a necessidade de expressão que, em cada um, se concretiza diferentemente. Quer dizer: é através da reflexão que descobrem o que dizer, e após ela que experimentam a sensação de ter de dizer. O resto é o como fazê-lo — o menos importante. Mas esse impulso inicial que os une atesta a verdade daquilo que fazem e os diferencia de todos aqueles que, pelos mais diversos motivos, perpetuam a falsificação.