É impressionante o quanto se pode aprender…

É impressionante o quanto se pode aprender com os símbolos, o quão mais poderosa se torna a imaginação com o seu estudo, embora não se consiga, ou simplesmente não se possa fechá-los num conhecimento prático definitivo. Haverá sempre uma porta aberta, sempre possibilidades a serem notadas, que talvez contrastem com aquilo que se julgou aprender. Assim que o estudo, por mais profundo que seja, é sempre inconclusivo, visto que um símbolo nunca se pode exaurir. Mas compensa, e com ele a imaginação atinge um novo patamar.

O desejo de libertação de um meio opressivo…

O desejo de libertação de um meio opressivo é frequentemente gerador de uma força tremenda e decisiva. Através dele a personalidade alcança um nível de solidez incomum, sentindo-se como incorruptível quando a opressão atenua, ou quando se aprende a superá-la com menor fricção. Então se pode vislumbrar alternativas. Às vezes, é possível criar um novo meio, ou ao menos esforçar-se por fazê-lo, algo cujos efeitos podem reconfortar. Quando não é possível, também não faz mal: a opressão, quando não demasiadamente sentida, acaba por fortalecer.

O indivíduo dá um passo tremendo…

O indivíduo dá um passo tremendo quando começa a somente aceitar conselhos daqueles que, de algum modo, podem servir-lhe de modelo. Nos demais casos, é simplesmente desprezar. Dando este passo, não são poucos nem pequenos os erros evitados, e afinal se supera o problema da autoafirmação. Deve-se ouvir aquele que inspira, e ensina aos outros somente aquilo que fez.

É sorte das grandes quando o destino…

É sorte das grandes quando o destino cuida livrar-nos de encargos os quais não escolhemos, ou não desejaríamos assumir. Muitas vezes, tais lances passam despercebidos, embora nos preservem de imensa aflição. Suportamos mais sofrimento que imaginamos, desde que este venha justificado; quando sofremos por nada, ainda que isto seja apenas o que nos pareça, pouquíssimo podemos suportar. Nunca se há de assumir a cruz do outro, ou a cruz de todos, só porque assim se costuma fazer. Devemos escolher cuidadosamente a justificativa das lágrimas futuras, e agradecer ao destino quando nos torna livres para assumir nossa razão de sofrer.