Custa dizê-lo, mas parece mais proveitoso ao artista esse anseio frustrado por isolamento, que tem de aceitá-lo inviável e digladiar-se num cotidiano aparentemente inimigo, do que o isolamento efetivo, pleno e consumado. No primeiro caso, temos um espírito energizado pela circunstância; no segundo, um incentivo à inércia. No primeiro caso, um esforço que renova e justifica o anseio, que faz com que o artista valorize muito mais o isolamento quando parcialmente alcançado — porque esta é a verdade: seu anseio, na pior das hipóteses, pode sempre ser alcançado parcialmente, e com melhor proveito do que se pode supor.