Intelectualmente, planejar é sempre mais estimulante que agir. Por muitos motivos, em especial pelos horizontes mais amplos, às vezes ilimitados, e pela possibilidade de alterá-los por inteiro sem prejuízos ou complicações. Quer dizer: planos existem como suspensos no ar; nada os puxa, nada os impele, as conexões que estabelecem são como etéreas, maleáveis, até o exato momento em que são colocados em execução. Aqui, a estrutura inteira como que se cristaliza, e se não o faz de maneira definitiva, o faz de maneira que, a partir desse ponto, mudar é romper. Intelectualmente, sem dúvida, planejar é mais estimulante que agir. Mas o ato, tendo o peso da responsabilidade e o risco do erro, sobre-excede-se em emoção.