Quando notamos exemplos tão comuns como o de Augusto dos Anjos, isto é, exemplos de uma mente que brota luminosa e independente, parecendo ignorar, senão preterir aquilo que é tido como fundamental, e notamos reações que costumam acompanhar este fenômeno, inclinamo-nos a concluir que são as pedras que definem o valor de um artista. É curioso como parece sempre, sempre a individualidade exigir um destacamento; individualidade esta que pode ser também chamada de essência ou identidade. E mesmo os artistas que cedem a estas idealizações conjuntas, a esta conformidade geradora de aplausos, têm de encarar um momento, talvez o momento, em que são como forçados a separar-se de todos e seguir adiante solitariamente, a despeito do que os outros possam pensar ou dizer. Tais reflexões só nos levam a questionar se servem estas associações literárias de algo que não evidenciar-nos quais são as ovelhas e quais são os artistas de valor.