São sempre proveitosos os momentos em que a mente se volta ao passado e arrisca uma síntese daquilo que perdura de quanto fez e viveu: amiúde é aqui que obras aparentemente inúteis provam seu valor; é aqui, também, que as futilidades rotineiras se expõem de maneira patente. Então é possível notar que há pouco de verdadeiramente resistente aos efeitos do tempo e, assim, revigorar prioridades que acaso estejam negligenciadas. Mas além disso: é quando o ânimo fraqueja e a esperança vê-se em frangalhos que tal exercício prova-lhe a maior utilidade — e a mente enxerga, por ele, algo que justifica o persistir.