Quando ladeados o monumento que constitui a obra de Otto Maria Carpeaux e o restante da crítica literária brasileira, é impossível não se espantar de não haver um único estudo biográfico digno do grandioso intelectual que entregou à crítica brasileira sua única obra de valor universal. Silêncio. Penso o que ocorreria caso Carpeaux, em vez de radicar-se no Brasil, optasse pelos Estados Unidos e fizesse, em inglês, o que fez em língua portuguesa. O sorriso é automático… Mas por que o Brasil? Por que, aos quarenta anos, romper com a própria língua e dedicar-se a aprender e escrever num idioma até então desconhecido? E o dificílimo, para não dizer impossível, foi erigido: a estéril crítica literária nacional ganhou um colosso imortal de presente. Que fez dele? Nada, absolutamente nada…
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