Interessante notar que dois dos três elementos fundamentais do simbolismo segundo a definição de Valéry — stérilité, préciosité —resumem com grande precisão a obra de Augusto dos Anjos. É verdade, diferente de Rimbaud, Verlaine e Baudelaire, a stérilité de Augustos dos Anjos é decorrente de uma morte prematura, e não de um ato voluntário. De qualquer forma, é admitir: a esterilidade acarretou potência, seja nos franceses, seja em Augusto — este, dono talvez das imagens mais fortes jamais registradas em versos portugueses.