Todo homem acaba sempre suportando mais do que se julga capaz porque, hora ou outra, o inesperado acaba forçando-o a fazê-lo e forçando-lhe a adaptação, ensejando que lhe brote do íntimo uma força inédita sob o estímulo da imperiosa necessidade. O homem moderno, cujo cotidiano parece concatenar uma sucessão de falsas certezas, transmitindo uma impressão enganosa de segurança, oculta-lhe a noção do verdadeiro vigor.
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Se algo ensinam as várias biografias da revolta…
Se algo ensinam as várias biografias da revolta, é que se pode evitar a sociedade, o contato e mesmo a vida até determinado ponto a partir do qual o esforço não é somente inútil, mas gerador de uma retaliação violentíssima, que de outra forma não sucederia. Quer dizer: neste mundo, há um limite em que é melhor assumir de bom grado algumas condições inerentes da existência, antes que elas sejam impostas; é melhor aceitá-las e trabalhar sobre elas, em vez de empregar um esforço desnecessário para vencê-las, sabendo de antemão que tal esforço irá malograr.
O que arrasa o orgulho dos acadêmicos
O que arrasa o orgulho dos acadêmicos é ter de constatar, contrariados, que uma vida dedicada aos estudos fora da academia é infinitamente mais proveitosa à aquisição de conhecimento em praticamente qualquer área. É constatar que, não havendo de limitar-se às diretrizes estipuladas pela academia, o estudante emprega o tempo muito melhor. Com os anos, os resultados tornam-se escandalosamente evidentes e evidenciam, também, a natureza da motivação inicial.
É o esforço, diário e vitalício, por tornar-se…
É o esforço, diário e vitalício, por tornar-se aquilo que se deseja o que dignifica a existência. E embora o ideal poucas vezes seja plenamente alcançado, a aproximação, a depender da pureza e solidez do desejo, já é um êxito fenomenal.