Há uma diferença notável entre ter uma “causa” e querer impô-la ao resto dos homens. É possível dizer, a princípio, ser tal diferença o caráter. Porém, também se pode dizer que, mais seja verdadeiro o sentimento inspirado pela “causa”, mais sejam seus “benefícios” claros na mente de quem a possui, mais será natural o impulso de querer que outros homens também a tenham, ou a “desfrutem”. Aqui, pois, chegamos à imposição. Não há como interpretá-la, independentemente de como se dê sua prática, ou de como esteja alicerçada, senão como uma violação primária, um ataque direto à liberdade do indivíduo. A imposição nunca será nobre e, após perpetrar-lhe a tirania, já não se poderá chamar homens livres aqueles que a sofreram.