O ensaio de Thomas Carlyle sobre Maomé é notável. De início, pela prosa superior: como impressiona acompanhá-lo a manejar a língua inglesa! É uma prosa viva, repleta de imagens expressivas, inteligente e variada sintaticamente. Depois, pela capacidade de Carlyle em ver o que os outros não enxergam, pela coragem de confrontar a corrente, rejeitando a lógica cega e buscando entender o que se encontra por trás e para além das linhas de Maomé. Muito bonito, muito bonito… é um ensaio prazeroso de se ler. De toda forma, creio que ainda prefiro sentar-me à mesa de Voltaire.