Uma sensação inexplicável de dever persegue-me, já há muito tempo, e exige-me a retratação do drama de D. Pedro II. Em mente, já o realizei em versos, peças, roteiros de cinema… Mas, em verdade, realizei-o por me não poder livrar desta obsessão. Por quê? É engraçado que, de praxe, sempre que decido finalmente executar a tarefa, dezenas de motivos fazem-me abandoná-la. E a imagem deste homem continua vindo-me em mente ao escutar o Réquiem, de Mozart. Sêneca, Sócrates e outros muitos cuja injustiça do fim que tiveram salta aos olhos me não inspiram sensação semelhante. É D. Pedro II, somente ele, e por algum motivo tem de ser ele. Não sei que dizer…