Duas posturas básicas resumem o homem em sua atitude para com a vida: a de vítima e a de agente criador. Delas vemos reflexos infinitos na filosofia, na historiografia, na psicologia e na literatura. Entre ambas, não há conciliação possível, posto que o querer criar e o efetivamente criar nada tem que ver com o sucesso ou fracasso, o fato ou possibilidade, a ideia ou concretização. Tudo se resume a julgar-se paciente ou agente, a julgar sempre o que ocorreu ou como se pode reagir. Trata-se, portanto, de entrever ou não um campo de ação possível, que para alguns é tudo, e para outros inexistente. Entre ambos, mais uma vez, não há conciliação possível, especialmente porque aquele último tipo não suporta a postura do primeiro.