Calar manifestações dissidentes ou, menos ainda, manifestações tão só diferentes não é novidade nenhuma. Mas fico aqui a pensar se, neste mundo, haverá algum dia reprimenda para tal agressão. Penso automaticamente na língua, a serviçal da vaidade humana. Sairá, talvez, algum estudo condenando-lhe o movimento, comprovando-lhe o caráter nocivo, evidenciando-lhe o papel como indutora da ação agressiva? Provavelmente não. E provavelmente nunca o homem médio será capaz de barrar o impulso evolutivo odiento de calar, humilhar, submeter, destruir aquele que enxerga como adversário. Opera, sempre, a lei dos mais fortes, e o ataque parece a única e melhor defesa… Ao vencedor, as batatas!