Parece facílimo notar que a crítica fundamental de Bandeira, em Os sapos, era direcionada à futilidade dos cultores da forma. Manifestou ele sua repulsa por discussões estéticas inúteis e pela poesia frívola, ainda que requintada. O curioso é que tal não parece ter sido notado por aqueles que, inspirados pelo poema, fundaram uma nova estética, que se desenvolveu num culto à forma ainda mais apaixonado. Mas o pior não é isso; o pior é ver que a nova estética mergulhou-se em banalidades não como as parnasianas, mas infinitamente piores, quando não obscenas e repulsivas, em criações que não fazem senão manifestar a torpeza da mente que as criou. É uma estética presente o mais das vezes em poemas que aliam ignorância à inabilidade artística e à baixeza de espírito. Pensando bem, que façanha!