“O homem nunca se assume pouco inteligente” — assim disse e adiciono: foi-me a maior humilhação descobrir-me, já adulto, um analfabeto. Senti-me absolutamente humilhado ao perceber-me incapaz de ler em meu próprio idioma e, portanto, encontrei-me exatamente um analfabeto. Intolerável! Um único recurso de estilo — estes presentes em cada frase de um grande escritor — privava-me do sentido de um período — um verdadeiro terror julgar inútil o próprio dicionário! — Mas por que digo isso? Percebendo-me apedeuto, passei a estudar gramáticas com fervor quase religioso. Hoje, a surpresa: estes livros maçantes têm-me parecido agradáveis. Como é possível?