O homem assume-se injusto, mas nunca pouco inteligente

O homem assume-se injusto

O homem assume-se injusto, grosseiro e mau-caráter, mas nunca pouco inteligente. Essa é-lhe a única humilhação intolerável. Mesmo o mais rasteiro dos ignorantes — e este principalmente — acha-se inteligente ou, no mínimo, esperto. Faça-se o mundo de auditório e solicite-se que levantem a mão apenas as bestas: nem uma única mão se levantará. O homem — ele e sua vaidade — não admite essa possibilidade. Do contrário, seria nivelar-se conscientemente a um animal — algo inadmissível, e impossível quando lhe falta justamente a consciência.