É curioso notar que muitos grandes artistas, especialmente nos séculos XIX e XX, travaram relações pessoais entre si. Curioso porque, algo que deveria configurar a normalidade, parece a exceção. Séculos anteriores, em que as distâncias pareciam maiores, viam-se mais ou menos dependentes de um capricho do destino em concentrar os espíritos superiores em determinadas localidades, como maravilhosamente ocorreu algumas vezes na história. Mas, ainda assim, algo a mais é preciso para que uma amizade seja estabelecida. E tanto os caprichos, quanto este algo a mais parecem ter abundado nos séculos XIX e XX, em que foi enorme a quantidade de grandes nomes que se conheciam, que eram verdadeiramente amigos. Não posso notá-lo, sem sentir um sincero contentamento por todos eles.