No Simbolismo, foi a esterilidade vista como virtude e opção artística. Contudo… como dizer? É natural naquele que emprega todo o espírito na arte, que dedica-se integralmente à arte produzi-la em abundância. Fecundidade é, em grande parte, dedicação. Nos simbolistas, não foi caso isolado o desleixar-se, nem o entregar-se à depravação. Meditemos: como é possível prezar o artista que não preza a si mesmo e destrói-se em hábitos baixíssimos? o artista que lhe menospreza o talento e emprega-se majoritariamente em atividades mesquinhas? É verdade: há casos em que a obra fala por si só. Mas o artista estéril se limita: sua obra, ainda que forte, carece de abrangência, multiplicidade — qualidades que provavelmente lhe seriam alcançáveis pelo esforço. De tudo isso, a conclusão: um gênio torna-se aquilo que engendra e, em última instância, a dimensão é-lhe condicionada, também, ao empenho.