Gradis, portões e muros chapiscados
— Circundam casas, prédios, lojas, tudo! —
Sobre os quais cintos eletrificados
Revestem cacos em perfil pontudo.E os monstros desumanos, endiabrados
Às claras pela rua andam, contudo,
Os cidadãos assaz anestesiados
Aceitam normalmente o terror mudo.Estupro, assassinato e latrocínio
São vezos na nação do morticínio,
Na terra onde existir é maldição…Constantemente atribulado, alerta,
— Sabendo: vacilar é morte certa, —
O brasileiro habita uma prisão.
(Este poema está disponível em Versos)
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