Novamente o remorso…

Diz Leopardi:

Sopra ogni dolore d’ogni sventura si può riposare, fuorchè sopra il pentimento. Nel pentimento non c’è riposo nè pace, e perciò è la maggiore o la più acerba di tutte le disgrazie.

Incrível notar que, noutras palavras, idêntica afirmação já se encontra nestas notas: é mesmo o remorso extremamente doloroso e invencível, atuando como um grilhão inamovível do espírito, contra o qual nada se pode fazer. Mas o curioso é notar a conclusão idêntica, alcançada por vias diversas e independentes, que se não expressa uma verdade duas vezes descoberta, talvez denote experiências semelhantes ou, ainda, espíritos que a elas reagem semelhantemente.

Quando analisamos estes rompimentos inevitáveis…

Quando analisamos estes rompimentos inevitáveis, que se nos afiguram como necessários e impostos pelo destino, mas que deixam, perpetuamente, uma recordação positiva, doce e saudosa, ficamos a pensar naquele comovente poderia e em como, muitas vezes, parecemos reféns de uma força maior. Daí que seria realmente maravilhoso houvesse a dita eternidade, e os ditos reencontros noutros planos, noutras circunstâncias despidas da imperiosa força do necessário operante nesta terra, tal como asseverado pelo espiritismo. De toda forma, enquanto aqui se vive, o melhor a fazer com tais recordações é guardá-las e deixá-las como estão, não cedendo ao impulso de revivê-las e, muito provavelmente, maculá-las.

O superlativo sintético latino…

O superlativo sintético latino dá à expressão uma força que nunca se consegue traduzir para uma língua que o não possui. E curioso notar que, diferentemente do português, o italiano utiliza-o com grande frequência sem que os períodos pareçam exagerados, afetados ou ridículos, em emprego mais semelhante ao latino. Contudo, embora o português demande cautela em seu uso, sem dúvida não seria o mesmo desprovido da força e concisão conferidas por esta relíquia herdada do latim.