O nome de meu bisavô? Não sei…
De mãe ou pai? Nenhum dos quatro. O nome
De um bisavô é um mistério absoluto…
Anônimos são todos: eis a lei.Três gerações — não mais! — e o nome some.
Em vão indago, em vão é que perscruto:
Descendo de um escravo ou de um grão rei?
Ladrão ou padre? Rico ou teve fome?Meu bisavô não tem este atributo:
O nome! o nome! E nunca saberei!…
Por isso é ilusão qualquer renome:É transitório o nome, a carne, o luto…
Investigando-me a estirpe encontrei
Só vultos em redor do sobrenome…
(Este poema está disponível em Versos)
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