O único e a sua propriedade, de Max Stirner

O único e a sua propriedade

Obra brilhante. Manifesto em prol da inteligência e da dignidade. Antídoto contra a tirania das abstrações. Quanto prazer! E houve quem quis pintar Stirner pejorativamente como “radical”… Muito bem! Radical contra a submissão do indivíduo perante as ideias, revolto contra a repressão do pensamento. E, ademais, muitíssimo bem-humorado, o que se não verifica em todos aqueles que se indignaram contra as blasfêmias desse grande intelectual. O ser humano padece dessa terrível necessidade de, primeiro, associar-se, tornar-se parte de um grupo, formular e validar crenças através de um consenso e, em seguida, impô-las ao restante da espécie, reivindicando a validação universal. Natural que o indivíduo tenha sempre existido, no senso comum, como submisso a qualquer autoridade. O contrário é simplesmente impensável! É preciso ser uma ovelha e exigir que todos os demais também o sejam; assim penso, assim faço, e é exatamente assim que todos devem pensar e fazer! Mas aí está o que os animais de rebanho jamais compreenderão: a dignidade começa com a consciência da individualidade e a maturidade com a aceitação do mundo como ele é. A espécie já fracassou, mas o riso de Stirner continuará ecoando pelos séculos dos séculos…

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