O protestantismo, incentivando a livre interpretação da Bíblia, arrasou a unidade da doutrina cristã. Hoje, é dificílimo, talvez impossível dizer exatamente que deve fazer um cristão, posto tudo se tornou relativo: a exegese pode variar até a antinomia. Mas não poderia ser diferente: é este o resultado de milhares de pastores incapazes de ler uma bula de remédio interpretando os textos sacros. Em compensação, dependesse da passividade dos católicos, o cristianismo estaria morto. Digo isso e faço a constatação: no Brasil, o futuro está muito bem desenhado: haverá cada vez menor proporção de católicos nas próximas gerações, enquanto os protestantes tendem a ganhar espaço. E serão estes últimos a travar o conflito contra a mecanização cabal do ser humano, a inconsciência frente à realidade, o relativismo completo da moral, a negação da história e a ilusão da autossuficiência do homem.
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