O trabalho diário, motivado e disciplinado, é mesmo um santo remédio, como está dito por tantos espíritos desde há muitos séculos. Para além do efeito terapêutico, o proporcionado direcionamento da atenção a um objetivo justo faz com que se dissipe todo tipo de distrações e pensamentos contraproducentes. O resultado, se por vezes premia, quando não satisfatório é inócuo à motivação que já se premiou no dedicar-se com sinceridade e fortalecer-se na dedicação. Abster-se do trabalho, pois, para além de danoso à sanidade, é pouco inteligente do ponto de vista da pura e verdadeira satisfação.
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Todos os verdadeiros problemas modernos…
Todos os verdadeiros problemas modernos, se não réplicas idênticas de problemas milenares, consistem tão somente em novas nuances para problemas cujo debate está há muito tempo registrado na filosofia e cujas consequências estão devidamente demonstradas por exemplos infinitos na história. Ter ambas à disposição e recusá-las; querer aventar soluções estúpidas cujos resultados já se encontram ilustrados teórica e praticamente, tem de ser classificado, com muita justeza, como ato de má-fé.
A tirania vence apenas quando o medo que infunde…
A tirania vence apenas quando o medo que infunde paralisa e neutraliza a reação; quer dizer, vence quando silencia a consciência. E por isso corrompe, humilha e mata; mas sempre acaba sucumbindo, porque não pode silenciar aqueles para os quais é esta uma vida perdida, que encerra justamente no perdê-la a mais bela e honrosa justificação.
Enquanto haja consciência…
Enquanto haja consciência as circunstâncias, a despeito de quais forem, encerram a possibilidade de agir ou abster-se da ação. E é sempre pela atividade que o espírito afirma-se no mundo, valendo-se do tempo e da energia disponível em vez de desperdiçá-los. Agir, pois, imprimindo no ato a consciência, enquanto houver forças e condições para tal; do contrário, a própria vida perde a justificação.