O que arrasa o orgulho dos acadêmicos é ter de constatar, contrariados, que uma vida dedicada aos estudos fora da academia é infinitamente mais proveitosa à aquisição de conhecimento em praticamente qualquer área. É constatar que, não havendo de limitar-se às diretrizes estipuladas pela academia, o estudante emprega o tempo muito melhor. Com os anos, os resultados tornam-se escandalosamente evidentes e evidenciam, também, a natureza da motivação inicial.
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É o esforço, diário e vitalício, por tornar-se…
É o esforço, diário e vitalício, por tornar-se aquilo que se deseja o que dignifica a existência. E embora o ideal poucas vezes seja plenamente alcançado, a aproximação, a depender da pureza e solidez do desejo, já é um êxito fenomenal.
Novamente o remorso…
Diz Leopardi:
Sopra ogni dolore d’ogni sventura si può riposare, fuorchè sopra il pentimento. Nel pentimento non c’è riposo nè pace, e perciò è la maggiore o la più acerba di tutte le disgrazie.
Incrível notar que, com outras palavras, idêntica afirmação já se encontra nestas Notas: é mesmo o remorso extremamente doloroso e invencível, atuando como um grilhão inamovível do espírito, contra o qual nada se pode fazer. Mas o curioso é notar a conclusão idêntica, alcançada por vias diversas e independentes, que se não expressa uma verdade duas vezes descoberta, talvez denote experiências semelhantes ou, ainda, espíritos que a elas reagem semelhantemente.
Quando analisamos estes rompimentos inevitáveis…
Quando analisamos estes rompimentos inevitáveis, que se nos afiguram como necessários e impostos pelo destino, mas que deixam, perpetuamente, uma recordação positiva, doce e saudosa, ficamos a pensar naquele comovente poderia e em como, muitas vezes, parecemos reféns de uma força maior. Daí que seria realmente maravilhoso houvesse a dita eternidade, e os ditos reencontros noutros planos, noutras circunstâncias despidas da imperiosa força do necessário operante nesta terra, tal como asseverado pelo espiritismo. De toda forma, enquanto aqui se vive, o melhor a fazer com tais recordações é guardá-las e deixá-las como estão, não cedendo ao impulso de revivê-las e, muito provavelmente, maculá-las.