Em busca de sentido, de Viktor Frankl

Sempre me irritou a ideia, muito disseminada, de que o ser humano é apenas um cachorro. Vejo isso o tempo inteiro: seja no sujeito que julga a fome ser o principal problema do homem ou na psicologia que se atém aos instintos e jamais ultrapassa os instintos. Pois bem. Eis que nasce um gênio — e precisamos de gênios para dizer-nos o óbvio… — e diz o seguinte: há no ser humano uma dimensão espiritual que o define e o transcende. E o gênio, de nome Viktor Frankl, teve de provar na carne a validade da própria teoria, suportando as terríveis atrocidades de vários campos de concentração nazistas e mantendo a sanidade mental. Quer dizer: pulsa em nós o animal, mas há algo mais nobre. Abaixo um trecho do livro:

No campo de concentração, por exemplo, nesse laboratório vivo e campo de testes que ele foi, observamos e testemunhamos alguns dos nossos companheiros se portarem como porcos, ao passo que outros agiram como se fossem santos. A pessoa humana tem dentro de si ambas as potencialidades; qual ser concretizada, depende de decisões e não de condições.

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