Está aí uma grande qualidade: a paciência. E o que é, em suma, a paciência? Podemos dividi-la da seguinte maneira: o saber da transitoriedade do presente e o saber dos efeitos do tempo. Quase nada de verdadeiramente valioso, verdadeiramente capaz de trazer-nos orgulho se nos afigura desprovido do vigor somente dado pelo tempo. Quero dizer: o tempo fortalece e aprimora nossas qualidades, nossos feitos, e a paciência é a virtude necessária para deixá-lo agir. E quanto ao que nos aflige e nos desconsola? Transitório. O que nos alegra? Também. O tempo amplifica, mas atenua. Assim, qualquer que tenha algum objetivo, um propósito ou uma meta suficientemente relevante, ou que se sinta extremamente alegre ou desconsolado em determinado período, faz bem em desenvolver essa sábia virtude que é a paciência.
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