É interessante observar o fenômeno em curso na educação superior. Na mesma velocidade em que as universidades vão se resumindo a fábricas de diplomas e, no caso da área de humanas, em ferramentas de doutrinação política, aumenta-se a procura por professores independentes, que lecionam aquilo que querem, aquilo pelo que são apaixonados e julgam fundamental, sem preocupar-se com diretrizes delineadas pelo órgão que seja, nem sobre se alongar com aquilo que os outros dizem importante. Assim, distinguimos claramente dois grupos: os sedentos por diplomas, e os sedentos por aprender. É difícil presumir que chegará o dia em que cursos lamentáveis como estes de humanas serão tidos universalmente como obsoletos, mas parece inevitável que, num futuro próximo, alguém capte tal tendência e funde uma instituição de ensino de grande porte que reúna tais professores e tais alunos, uma instituição que resgate a finalidade do ensino e, fornecendo ou não diplomas, porte-se da maneira que todas se deveriam portar.