Quem não conhece uma língua estrangeira, não conhece a própria

Quem não conhece uma língua estrangeira

A aula é de Goethe: quem não conhece uma língua estrangeira, não conhece a própria. Mas por quê? É assunto para centenas de páginas… O conhecimento de idiomas estrangeiros contribui de forma inestimável para o domínio da língua materna. Idiomas provenientes de uma mesma raiz alargam o vocabulário, aprofundam a compreensão das palavras, fortalecem o significado de radicais comuns, entregam ao estudante um arsenal de recursos sintáticos e expressivos aplicáveis ao próprio idioma. Idiomas de raiz diferente, por sua vez, desafiam o intelecto, forçam o cérebro a lidar com uma diferente organização da linguagem — ensinando a estruturar o pensamento de maneira distinta, — fortalecem a compreensão das classes de palavras, apresentando-lhes novas aplicações. Isso sem mencionar os ganhos de natureza cultural: o idioma é a manifestação da índole de um povo; estudar-lhe a evolução e suas particularidades é conhecer uma nova maneira de compreender e expressar a realidade. Por isso, a conclusão óbvia: a assimilação é dependente da comparação; apreende-se a essência de algo quando contraposto ao diferente. E, assim, são sábias as palavras do mestre: o conhecimento profundo do próprio idioma exige o conhecimento de idiomas estrangeiros.

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