“O objeto deste trabalho é a investigação do problema…”

“O objeto deste trabalho é a investigação do problema. Mas, antes, é forçoso definir os métodos que utilizaremos na análise. Porém, é preciso dizer, primeiro, o que exatamente entendemos como método. Contudo, antes, teremos de esboçar o escopo do entendimento. Primordialmente, pois, necessitamos deixar muito claro quais as limitações de um escopo. Não obstante, é fundamental que expliquemos em que sentido julgamos algo limitado…” Oh, Deus, desvia-me o barco desta rota! desvia-me o pobre barco!…

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A simpatia é a embalagem costumeira da falsidade

“Simpático ele, né?” Oh, simpaticíssimo! um amor! E sabe bem o pai da mentira quanto se ganha desta qualidade venerável… Mas aí está: as relações sociais exigem máscaras, e a simpatia é a embalagem costumeira da falsidade. Digo e não hesito: a sinceridade tem aspecto terrível! Pois é possível ter qualquer apreço à vida social, sabendo-a um grande teatro? É possível sorrir em resposta ao sorriso cuja motivação se conhece? É possível não julgar a simpatia como uma manifestação quase sempre detestável? Perguntas retóricas, porquanto as respostas já contam bons séculos…

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O pensamento só floresce no silêncio

O pensamento, o progresso intelectual associa-se ao silêncio. Quer dizer: é impossível pensar no barulho; o pensamento exige o silêncio para florescer. E, ao notar os benefícios numerosos do silêncio, da solidão e da quietude, é forçoso concluir que adaptar-se ao silêncio é fortalecer o caráter, é moldar a própria personalidade. Os pensamentos mais elevados sempre brotam de onde não há vozes, e a voz interior só aparece quando o mundo se cala. Por isso, é muito claro o caminho do conhecimento — difícil é ter coragem para trilhá-lo.

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Na vida cada sonho é uma miragem…

Na vida cada sonho é uma miragem
Irrealizável para além da mente;
Não se afligir é pôr-se, enfim, consciente
Que a cova é do futuro a suma imagem.

Maturidade em vida é ter coragem
A olhar nos olhos o vulgar presente;
Melhor o quieto, o triste, o que não mente
A si, e entende da vida a mensagem.

Aguarda-nos a todos uma tumba
Velada na necrópole do olvido,
Onde o silêncio é o eco que retumba

E a permanência eterna é obrigatória.
Nem mesmo o probo, o bom, sabe o vivido,
Terá na terra a mínima memória…

(Este poema está disponível em Versos)

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